IGREJA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS
JURERÊ
INTERNACIONAL - FLORIANÓPOLIS
SANTA
CATARINA - BRASIL
TEXTOS
COMPARTILHADOS
Providência
Divina, amor de Deus.
Nos últimos tempos, sempre que rezo, tenho pedido a Nossa
Senhora, Mãe de Deus, que proteja meu coração e de meus
familiares mais próximos de todo tipo de corrupção, de tudo que
esteja em desacordo com os mandamentos de Deus e desconforme com o
Evangelho de Jesus Cristo.
Ontem, sábado, na missa
em que fui o comentarista, havia uma intenção escrita no caderno
que eu deveria ter lido, mas que despercebidamente ignorei. Pelo que
parece, pois não a li, era uma ação de graças pelo bom começo
do cadastramento de colaboradores para a construção do “templo
ecumênico” do bairro.
Creio ter sido a Providência
Divina que me socorreu, e fez que eu não percebesse tal intenção
anotada no caderno, preservando minha boca da ofensa a Deus. É que
a construção de tal templo encerra um pecado, do qual, com a graça
de Deus, tenho me mantido limpo.
Esse
empreendimento tem sua execução confiada à associação de
moradores, cujos dirigentes principais são católicos e
participantes das atividades da igreja católica do bairro,
inclusive ocupantes de cargos de destaque também ali.
Os
encarregados desse empreendimento agem como com
oportunismo, sem legitimidade e praticam uma ilegalidade,
exorbitando suas funções tanto no âmbito
da associação quanto no âmbito da Igreja. E o resultado será a
usurpação de parte do terreno e do projeto doado para o fim “único e
exclusivo” de construção “de uma igreja destinada ao uso pela
Comunidade“ (cláusula terceira do correspondente Instrumento
Particular de Cessão de Direitos de Uso de Imóvel), para ali
construir também a sede dessa associação, instituição de caráter
político-associativo, portanto não religiosa.
Os mentores dessa
indignidade perante a sociedade e desse pecado diante de Deus, sem
temor a Este, desrespeitam e profanam o lugar que foi destinado à
comunidade para congregar os fiéis, realizar os cultos religiosos e
as celebrações litúrgicas das igrejas cristãs com representação
no bairro.
Até
hoje, tenho combatido esse pecado e tenho rogado a Deus que tenha
misericórdia daqueles que o cometem, pois não sabem o que fazem, demonstram desconhecer o poder de
Deus; e agindo com
ingratidão e infidelidade ao amor e aos mandamentos de Deus, e
negando a doutrina ensinada por Jesus Cristo, ignoram que o Dia do
Senhor está próximo e que é preciso estar preparado quando esse dia chegar, pois serão pedidas as contas dos atos de todos.
Esses
irmãos, pobres de espírito e indigentes de fé, certamente movidos
por sentimentos menores inconfessáveis, pretendem ocupar os espaços
do piso inferior do futuro templo a ser edificado, para abrigar a
sede dessa entidade, que como dito, congrega não apenas os que
acreditam em
Deus, mas também pessoas de diversas crenças pagãs, e ateus.
Dizem eles que é apenas “uma salinha para a associação
administrar o templo”, porém isso é desmentido pelo jornal da própria
associação – “Uma das sugestões acatadas pela comissão foi a
da localização da nova sede da AJIN na parte de baixo do templo”
(Folha
de Jurerê, ago/set-2001 – ano 2 – nº 9, pág. 5).
Note-se
que, afora essa pequena notícia veiculada em jornal próprio da
associação, nada disso foi espontaneamente comunicado às
autoridades eclesiásticas, nem discutido com a comunidade ou com os
fiéis das igrejas cristãs interessadas e diretamente beneficiadas
com a construção do templo.
Esse
assunto foi levado ao conhecimento do pároco, que se reuniu com o
pastor da Igreja Luterana que atende aquela mesma comunidade,
chegando ambos ao consenso de que esse desrespeito a Deus não poderia
continuar. O assunto também será levado oportunamente pelo Pároco
ao conhecimento do Arcebispo.
Urge
que algo seja feito, pois a campanha para arrecadação de fundos
para a obra já começou, com a visita de casa em casa por duplas de
fiéis das igrejas católica e luterana, para distribuir carnês de
contribuição em dinheiro, apesar de todos os vícios existentes, a
falta de esclarecimento de que o dinheiro arrecadado também será
destinado para a construção da sede da Associação Jurerê
Internacional, o desvio de finalidade do terreno cedido
exclusivamente para a construção do templo (isso poderá ensejar a expiração do prazo de cessão, com a
retomada do imóvel pela empresa que o cedeu gratuita, porém
condicionalmente, conforme a cláusula terceira do termo de cessão
mencionado acima), além da falta de regularização e registro da cessão
de direito de uso do terreno nos cartórios competentes e a inexistência
de aprovação do projeto final pelas autoridades eclesiásticas e pelo Poder Público.
Senhor,
meu Deus, considerando que a vossa providência foi um sinal para que
eu me afaste definitivamente desse pecado, quero fazer a vossa
vontade, e com o coração grato pelo vosso socorro, buscarei vos servir, servindo aos irmãos de outra
comunidade, até o dia que saneeis essa igreja contaminada com o
pecado de que me preservaste.
“Ouvi
a palavra do Senhor, príncipes de Sodoma; escuta a lição de nosso
Deus, povo de Gomorra:... atropelar os meus átrios?... os sábados,
as reuniões de culto, não posso suportar a presença do crime na
festa religiosa. Eu abomino... as vossas festas; elas me são
molestas... Quando estendeis vossas mãos, eu desvio de vós os meus
olhos; quando multiplicais vossas preces, não as ouço... Tirai
vossas más ações de diante de meus olhos. Cessai de fazer o mal,
aprendei a fazer o bem. Respeitai o direito, protegei o oprimido;
fazei justiça...” (Is 110.12b.13b.15, 16b.17).
Ricardo
Dias, julho/2002.
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